Empresas de CBD unem-se para combater restrições à publicidade por SMS

Cerca de 30 empresas de CBD uniram-se nos EUA para combater restrições à publicidade por SMS dos seus produtos, após um grupo comercial da indústria sem fios ter, no início deste ano, acrescentado o CBD a uma lista de conteúdo proibido. O CBD fica por isso sujeito a restrições semelhantes às que se aplicam ao discurso do ódio e às armas de fogo.

Os produtores organizaram a união CBD Brand Coalition, após a proibição ter sido anunciada este Verão pela CTIA – The Wireless Association, organização comercial sem fins lucrativos que mantém diretrizes para conteúdos adequados à indústria sem fios, monitorizando e reportando violações nesse âmbito.

O Espetro do SHAFT

As restrições impostas em julho caem sob alçada da CTIA para conteúdos de Sexo, Ódio, Álcool, Armas de Fogo e Tabaco – ou SHAFT, acrónimo inglês utilizado pelos publicitários SMS para se referirem a temas proibitivos nas suas mensagens.

As novas restrições às SMS juntam-se às regras desiguais que têm afetado as empresas de CBD, pois têm sido definidas diretrizes diferentes pelos principais canais de marketing.

Os vendedores de CBD afirmam que o envio de mensagens SMS é uma ferramenta-chave no marketing, porque permite uma ligação mais direta aos consumidores. As empresas afirmam que isto é importante para as vendas e para a educação, dizendo também que esta restrição dificulta a capacidade de fazer negócios com os retalhistas.

‘Mais uma barreira legal’

“Os regulamentos SHAFT criam outra barreira legal na nossa missão de acabar com o estigma do CDB e educar os consumidores sobre os seus benefícios enquanto ingrediente saudável e seguro”, escreve a coligação na sua petição.

“Ao censurar o CBD, a CTIA está a contribuir para a desinformação sobre o CBD e a limitar a educação e a exposição dos consumidores a este ingrediente natural que deriva das plantas, algo que provou já ter benefícios positivos para a saúde e o bem-estar”, sugere a petição, que conseguiu cerca de 14,000 assinaturas.

Apesar de a questão das SMS ter levado à formação da CBD Brand Coalition, os organizadores afirmam que colaborarão constantemente para abordar questões de marketing. O próximo passo é entrar no Facebook com uma campanha destinada a clarificar as políticas dessa empresa sobre o conteúdo relacionado com CBD.

Diretrizes desiguais

Facebook, Amazon, Google, Shopify, TikTok e muitas outras plataformas estabelecem algumas regras que permitem conteúdo relacionado com CBD, mas essas diretrizes são desiguais.

A lista de substâncias proibidas no Facebook exclui o CBD, mas a empresa não tem termos, condições ou políticas públicas específicas. Por outro lado, o Twitter tem políticas específicas para o CBD, ao abrigo das quais apenas “permite apenas publicidade ao CBD de aplicação tópica”, o que os stakeholders dizem ser excessivamente restritivo, pois proíbe produtos alimentares de CBD, o maior subsetor deste mercado.

São necessárias alterações fundamentais

A coligação das marcas insiste na aprovação da Lei Federal de Acesso ao Cânhamo e Segurança do Consumidor, que poderá criar vias legais e regulamentares para a venda de produtos derivados do cânhamo, incluindo suplementos alimentares e produtos de saúde e beleza de CBD.

As empresas de CBD também apelaram à U.S. Food & Drug Administration (FDA) para promulgar alterações regulamentares há muito esperadas, as quais distinguiriam o CBD derivado do cânhamo da marijuana, estabelecendo normas e diretrizes.

Membros listados na CBD Brand Coalition:  Prima, Recess, Plant People, Papa and Barkley, Svn Space, Sweet Reason, Miss Grass, Foria Wellness, Fleur Marche, Juna, Looni, Muri Lelu, Cann, Apothecanna, Hivi, Onda Wellness, Vertly, FruitsLabs, Empyri, Quim, Omura, ENUF Period,  oHHo, Plant Society,  Calm Better Days, Flor De Maria, Botanica Boutique, Liweli, Toastyy, Raw Botanics Co., e Receptra.

LER: Petição da CBD Brand Coalition